A agressão a jornalistas que acompanhavam a entrevista do ditador Nicolás Maduro em Brasília, na noite desta terça (30), foi criticada por entidades representativas do setor e parlamentares do Congresso. O líder venezuelano está no Brasil participando da Cúpula da América do Sul e foi recebido com honras pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre as vítimas da agressão está a jornalista Délis Ortiz, da TV Globo, atingida com um soco no peito por um dos integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que faziam a segurança de Maduro
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmou que a “violência contra a imprensa é inaceitável em uma democracia. A ANJ aguarda uma apuração rigorosa das autoridades com a devida responsabilização dos agressores, sejam eles brasileiros ou estrangeiros”.
Já a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) disse que “é injustificável e inaceitável que em um governo democrático como no Brasil, seguranças agridam a imprensa, a exemplo do que habitualmente acontece na Venezuela”.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) foi além e afirmou que “a violação à liberdade de imprensa tem de ser apurada com rigor”.
A Associação Nacional de Jornalismo Digital (ANJD) também repudiou as agressões contra os colegas da imprensa e aguarda que providências sejam tomadas pelo Palácio do Planalto para a punição dos responsáveis e para evitar que episódios como este se repitam.
A agressão aos jornalistas repercutiu também entre os parlamentares do Congresso. O deputado federal Alberto Mourão (MDB/SP) lembrou que “a Venezuela já protagonizou graves violações aos Direitos Humanos e, agora, presenciar seguranças do Maduro agredirem profissionais essenciais para a nossa democracia é inadmissível”.
“Não podemos tolerar esta violência em solo brasileiro. Espero e cobrarei uma investigação completa e justa, com punições aos responsáveis e uma retratação oficial em respeito não só à imprensa, mas a todos os brasileiros”, disse.
*Com informações da Gazeta